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Papa Francisco pede a Nossa Senhora Aparecida que interceda e cuide dos brasileiros

Na Audiência Geral desta quarta-feira, 26 de outubro, o Papa Francisco pediu a intercessão e a proteção de Nossa Senhora Aparecida aos brasileiros. “Peço a Nossa Senhora Aparecida que proteja e cuide do povo brasileiro, que o livre do ódio, da intolerância e da violência”, disse.

Em sua Catequese, o Pontífice prosseguiu com as reflexões sobre discernimento e apresentou “a primeira modalidade afetiva, objeto do discernimento: a desolação”.

O Santo Padre sublinhou que “o discernimento incide sobre as ações e as ações têm uma conotação afetiva, que deve ser reconhecida, porque Deus fala ao coração”. Para o Papa Francisco, todos nós de alguma forma já vivemos a experiência da desolação e completou: “O problema é como poder lê-la, pois também ela tem algo importante para nos dizer, e se tivermos pressa de nos livrar dela, correremos o risco de a perder”. O Pontífice ressaltou ainda explicando que nenhuma pessoa gosta de viver triste ou desolada. Todos gostaríamos de uma vida sempre jubilosa, alegre e realizada”. “Com efeito, a mudança de uma vida orientada para o vício pode começar a partir de uma situação de tristeza, de remorso pelo que se fez.  “Remorso” é a consciência que morde, que não dá paz”, afirmou o Santo Padre.

De acordo com Papa Francisco, precisamos aprender a ler a tristeza e aprender com esse sentimento. “No nosso tempo, ela é considerada sobretudo negativamente, como um mal a evitar custe o que custar, e ao contrário pode ser um indispensável sinal de alarme para a vida, convidando-nos a explorar paisagens mais ricas e férteis que a fugacidade e a evasão não permitem. Santo Tomás define a tristeza como uma dor da alma: como os nervos para o corpo, ela desperta a atenção diante de um possível perigo, ou de um bem ignorado. Por isso, é indispensável para a nossa saúde, protege-nos para não nos ferirmos a nós mesmos e aos outros. Seria muito mais grave e perigoso não ter este sentimento”, sublinhou.

Ainda segundo o Pontífice, “para quem tem o desejo de praticar o bem, a tristeza é um obstáculo com que o tentador quer desencorajar-nos. Neste caso, deve-se agir de maneira exatamente contrária ao que é sugerido, determinado a continuar o que se tinha proposto cumprir”. O Santo Padre completou explicando: “Pensemos no trabalho, no estudo, na oração, num compromisso assumido: se os deixássemos, assim que sentíssemos tédio ou tristeza, nunca realizaríamos nada. Também esta é uma experiência comum à vida espiritual: o caminho para o bem, recorda o Evangelho, é estreito e íngreme, requer um combate, uma vitória de si mesmo. Para quem quer servir o Senhor, é importante não se deixar enganar pela desolação”, disse.

Papa Francisco lembrou ainda que algumas pessoas decidem abandonar uma escolha, a vida de oração, o matrimônio ou a vida religiosa, impulsionadas pelo sentimento de desolação, mas o fazem sem antes dar uma pausa para avaliar “este estado de espírito ou sem a ajuda de um guia. Uma regra sábia diz para não fazer mudanças quando se está desolado. O tempo seguinte, e não o humor do momento, mostrará a bondade ou não das nossas escolhas”. E completou sublinhando que no Evangelho, “Jesus afasta as tentações com uma atitude de firme determinação. As situações de provação advêm-lhe de várias partes, mas sempre, encontrando n’Ele esta firmeza decidida a cumprir a vontade do Pai, esmorecem e deixam de impedir o caminho”.

Ao finalizar sua reflexão, o Pontífice recordou que “nenhuma provação está fora do nosso alcance. Se soubermos atravessar a solidão e a desolação com abertura e consciência, poderemos sair revigorados sob os aspectos humano e espiritual. Mas não permanecer morto, digamos assim, não permanecer derrotado por um momento de tristeza, de desolação: vai em frente. Que o Senhor os abençoe neste caminho, corajoso, da vida espiritual, que está sempre a caminho”, concluiu.

 

*Informações Vatican News

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