“Tuareg.” O romance lançado no Brasil, em 1980, é a sugestão de leitura desta semana do professor Paulo Gontijo, diretor de finanças e controladoria na Sociedade Mineira de Cultura (SMC). O professor Paulo é um dos muitos e muitos leitores de Belo Horizonte que conheceram o romance pela indicação do livreiro Johan Van Damme. Dono da livraria que levava seu sobrenome e que funcionou por 45 anos, até 2016, no Centro de Belo Horizonte, a obra era o romance preferido de Van Damme, reconhecido pelos clientes por suas boas indicações literárias: “Umas 10 mil pessoas já compraram Tuareg das minhas mãos”, garantiu, certa vez, o livreiro, à Revista Piauí. Quando indicava o best-seller para um cliente, Van Damme costumava dizer: “Se não gostar, você pode devolver”. “Nunca devolveram”, afirmou com convicção na mesma entrevista. E, de fato, foi exatamente o que aconteceu com o professor Paulo ao ter contato com a obra do espanhol Alberto Vázquez-Figueroa: “Li o livro pela primeira vez há alguns anos e de vez em quando o releio, encontrando um novo livro dentro do livro. Já presenteei diversos amigos com o Tuareg.”
O livro em questão narra as aventuras de um guerreiro nômade no deserto do Saara. Paulo Gontijo recorda que a obra conta a história de um povo muito resiliente, único a sobreviver na natureza inóspita do Saara: “É um livro que fala sobre honra, sobre valores, sobre a persistência de um povo fiel a suas crenças.”
Professor Paulo, diariamente, reserva um tempo do seu dia para os livros e sempre costuma ler duas obras ao mesmo tempo: “Esse é um hábito antigo que tenho.” Apesar de ele visitar vários campos da literatura, Tuareg é um romance que, de fato, o tocou de forma peculiar e por isso indica e costuma partilhar a obra como presente para os seus amigos. “Van Damme tinha razão. Tuareg é um livro muito bom, vale a pena conhecê-lo.”