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[Artigo] Tempo Pascal: A paz de Deus desejada ao mundo – Neuza Silveira

A semana, após o domingo da ressurreição de Cristo, é uma continuidade desse mesmo domingo maior – o dia que o Senhor fez para nós. No dia seguinte, segundo domingo da Páscoa, Jesus revela-se aos discípulos, deseja-lhes a paz, mostra-lhes as mãos e o lado e os discípulos se alegram por ver o Senhor. Novamente diz: “A paz esteja convosco. Como o Pai me enviou, também eu vos envio”. Assim disse, soprou sobre eles o Espírito Santo e os enviou em missão. O Tempo Pascal, considerado pela nossa liturgia configura os 50 dias subsequentes ao Domingo da ressurreição até o domingo de Pentecostes. Trata-se de um tempo da alegria e da exultação, um só dia de festa. Esse tempo, compreendido dentro do ciclo pascal, inicia-se com a quinta-feira Santa e vai até o domingo de Pentecostes – um tempo estabelecido pela Igreja para o cumprimento do dever pascal pelo cristão.

Na Igreja, a primeira semana da Páscoa, ou seja, os oito primeiros dias depois do Domingo da Ressurreição constitui-se um tempo chamado a Oitava da Páscoa e são celebrados como solenidades do Senhor.

Nesta Semana da Oitava Pascal os textos lidos na liturgia da Palavra são todos voltados para uma reflexão sobre as aparições de Jesus. Esses textos nos ajudam no estabelecimento da certeza sobre a sua ressurreição. Tanto os discípulos de Jesus, do seu tempo, as mulheres e também, hoje, todos nós, somos convidados a permanecer na alegria do encontro com o ressuscitado, o Cristo Jesus. A ressurreição é a razão de todas as alegrias. Jesus nos pede nesta semana: Alegrai-vos! Não tenhais medo! Sou EU mesmo! E nos confirmando sua presença de ressuscitado no meio de nós, faz o envio. Vá e anuncie. Cada um de nós somos chamados a renovar nossa caminhada de fé, à luz do ressuscitado, e recebermos dele a capacitação para reler as novas realidades que surgem no meio de nós.

A exemplo de cada uma daquelas pessoas a quem Jesus apareceu e a constituiu testemunha da sua ressurreição, também, sejamos nós, pela fé cristã, testemunhas do ressuscitado anunciando-o a todos que encontrarmos pelo caminho.

Vamos perceber nos sinais do nosso tempo a presença do ressuscitado. Vamos deixá-lo transparecer através do nosso jeito de ser para com os irmãos. Através das nossas ações Jesus, o Cristo ressuscitado, se faz presente. Assim, como ele se fez presente à Maria Madalena, na figura de um jardineiro, aos discípulos de Emaús, como um estrangeiro, um peregrino, um andarilho que não sabe de nada do que aconteceu em Jerusalém, pois está de passagem. No encontro, os discípulos começam a explicar o fato acontecido e nem percebem quem está do seu lado. Assim também somos nós. Muitas vezes não percebemos no irmão que se encontra ao nosso lado a presença do Cristo ressuscitado que se revela nele. Não conseguimos enxergar no outro a imagem e semelhança de Deus. Também, no cenáculo junto aos discípulos reunidos, Jesus se apresenta e lhes deseja paz.

Hoje somos convocados pelo Papa Francisco a viver a Paz. É assim que continuamos a encontrar o Cristo no meio de nós. Todas as vezes que praticamos ações que condizem com as prerrogativas da vida de Deus como: liberdade, santidade, justiça, amor, equidade, caridade, imortalidade e incorruptibilidade, estamos fortalecendo em nós a semelhança a qual Deus nos criou para que pudéssemos permitir ao irmão, através do nosso agir, ver Deus. Assim como Jesus disse ao seu discípulo Felipe: “quem me vê, vê o pai”.

Somos criaturas criadas por Deus à sua imagem e semelhança e temos a vocação de realizar o melhor possível esta semelhança para a nossa participação na vida do ressuscitado. Vivamos assim essa nossa Páscoa.

Neuza Silveira de Souza. Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-Catequético de Belo Horizonte.



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