Santuário Arquidiocesano

Catedral Cristo Rei

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[Artigo] Liturgia – Um acontecimento Pascoal – Neuza Silveira 

Estamos nos aproximando do final do ano litúrgico, quando nos preparamos para a grande Festa de Cristo Rei, celebrada dia 24 de novembro. Assim nos colocamos na expectativa do Advento. Ao encerrar os encontros de catequese, neste ano, nós, catequistas, não podemos deixar de motivar os nossos catequizandos como é importante a nossa presença participativa nas celebrações litúrgicas.

A liturgia, em nossa Igreja, não é uma ação qualquer, que se pode ir de vez em quando ou que dela pode-se também tirar férias. A liturgia é uma ação divina, um encontro entre pessoas, marcado pelo tempo litúrgico e que requer de nós uma participação ativa e envolvente.

A liturgia é uma ação simbólica, comunitária, onde todas as pessoas são participantes que se apresentam à mesa do altar, cada uma trazendo consigo sua própria realidade: suas alegrias, tristezas, seus sonhos e desilusões, suas riquezas e pobrezas. Mas se apresentam com alegria, pois se trata de uma ação realizada juntamente com Deus Trindade. Uma ação que tem sua origem em Jesus, o Senhor. Ela é uma ação pascal, um acontecimento que nos transporta para um caminhar com a vida de Jesus, participando com ele da sua paixão, morte e ressurreição.

Nesse sentido, cada celebração apresenta em sua dinâmica várias ações: a acolhida da assembleia, a escuta e interpretação da Palavra e uma ação simbólico-sacramental-central (Eucaristia, Batismo, Crisma, Penitência, Matrimônio, Ordem, etc.).

Dizemos: cada liturgia é marcada pelo seu tempo litúrgico, cada uma carrega consigo as características próprias do Tempo celebrado. Cada celebração é uma celebração diferente, de um mesmo conteúdo: a vida, paixão, morte e ressurreição de Jesus, o Cristo.

A caminhada da Igreja em 2024

Com o fim do Ano Litúrgico somos chamados a uma reflexão sobre a caminhada realizada. O ano de 2024 foi um ano de muitas reflexões e experiências novas sobre a sinodalidade na Igreja e a respeito do Ano das Juventudes. Reflexões consideradas como um grande presente que o Papa Francisco deu à Igreja.

O Ano das Juventudes foi vivido com muito entusiasmo na Arquidiocese de Belo Horizonte, a partir do tema “Jovem, o agora de Deus!” e do lema “Jovem, levanta-te (Lc 7,14). A importância desse ano em relação às Juventudes foi destacada por dom Walmor com os dizeres: “os jovens precisam ser presença mais forte na nossa Igreja, para que a Igreja ganhe mais jovialidade.”

A Igreja Sinodal, na Arquidiocese, ganhou relevância na sua caminhada com o amplo processo de escuta promovido pelo Vicariato Episcopal para Ação Pastoral, envolvendo as comunidades de fé de todas as instâncias arquidiocesana. Um ano vivido com muita graça e, com certeza, continua, pois todos foram fortalecidos na caminhada, dando seus testemunhos diante das grandes diversidades e vitórias alcançadas pelo dom da fé, dom que não termina com o ano, mas continua a crescer.

Encerramos este Ano Litúrgico com a festa de Cristo Rei. Celebramos com alegria o dia do Senhor, “aquele que é, que era e que vem, o Todo Poderoso”. Ele, que não é desse reino, mas veio ao mundo para dar testemunho da verdade e quem é da verdade escuta sua voz. Seu Reino não dissolverá. Ele é o soberano dos reis da terra.

Novas experiências e novos desafios são propostos para a caminhada da Igreja

O anúncio do Reino de Deus continua. São novas experiências de um novo Tempo. O sagrado Tempo do Advento nos prepara para viver o Ano Jubilar da Esperança proposto pelo Papa Francisco e acolhido pela nossa Arquidiocese.

Ela se propõe a colocar em experiências viva os oito sinais de esperança contemplados na Bula de promulgação do Ano Santo Jubilar, referindo-se às oito categorias de pessoas e situações em vulnerabilidade: “O mundo em Guerra, o Apelo à Paz; Encarcerados; Idosos; Enfermos; Pobres; Jovens; Ecumenismo; Migrantes”. São propostas de ações e atitudes que podem enriquecer nossos ambientes eclesiais com a presença inclusiva dessas pessoas, pois o mundo precisa de esperança, e esta é uma virtude cristã fundamental que deve ser celebrada e compartilhada com todos.

Sejamos sempre pedras vivas da casa do Senhor, o Deus da vida.

Neuza Silveira de Souza.

Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-catequético de Belo Horizonte.

 



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