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[Artigo] A importância da realidade como conteúdo da catequese – Neuza Silveira

Procurando ser fiel ao princípio da Interação entre fé e vida, entre as formulações da fé e a caminhada da comunidade, entre o crescimento na fé e a atuação prática na vida, necessário se faz levar para a nossa catequese temas que aproximam os catequizandos das realidades concretas nas quais eles se encontram. Esta prática catequética nos leva a elaborar os conteúdos da catequese para que ela seja um processo contínuo na vida dos catequizandos.

Para que a catequese, com seus conteúdos e práticas, produza a sua eficácia nas diversidades das realidades concretas, atentos às características culturais e sociais e à mensagem de salvação encarnada na história, no dia-a-dia dos catequizandos e da caminhada do povo, teremos de partir para a pluralidade de expressões da fé, não perdendo de vista a unidade fundamental da mesma, o uso da linguagem o mais possível vivencial à realidade presente e a dimensão comunitária e/ou social da fé.

A reflexão sobre a importância da catequese em um processo de interação fé e vida, nos convoca a uma observação atenta aos temas desenvolvidos na catequese. Estes sejam realmente textos permeados da mensagem catequética e que se estendam até à realidade dos catequizandos. Uma verdadeira catequese acontece quando o anúncio da salvação, realizado por ela, for feito dentro da realidade concreta. Fazer essa ligação entre a fé e vida é a grande tarefa e arte do catequista, diante das diversas situações concretas.

O catequista é o artista, o mistagogo, o pedagogo que, estando com o tema proposto na mão, ele precisa cuidar da linguagem, metodologia, e principalmente encarná-lo na caminhada dos catequizandos.

Uma primeira preocupação na transmissão do conteúdo se torna latente ao nosso redor: a realidade.

Como conhecer a realidade?

Cada um de nós tem uma visão do mundo de hoje. Assim, cada catequista é chamado a fazer a análise da sua realidade. Ele deve ter uma consciência crítica da realidade sócio-econômico-política, cultural e ideológica para aprender ler nela os sinais de Deus.

O catequista também precisa voltar o seu olhar para Jesus para compreender como ele via mundo, se interagia com ele. Como Jesus viveu a nossa história e nela anunciou o Reino.

O Documento “Catequese Renovada”, documento base para estas nossas reflexões, nos despertam para esta metodologia. O estudo nos orienta para as várias visões que o homem tem da realidade. Percebe-se que grande parte do nosso povo possui uma visão do mundo e do homem baseada em uma crença em Deus manifestada em diversas expressões da religiosidade popular. Mas, muitas vezes, é uma fé desvinculada da vida, às vezes cheia de elementos estranhos ao cristianismo (cf. CR. 3.1).

Vamos pensar os encontros catequéticos sempre analisando a realidade em prol do anúncio da fé. No centro de cada encontro está a mensagem da fé que deve ser vivida no contexto concreto da realidade de cada um.

Para o aprofundamento desse estudo vamos dar uma olhada no documento de Puebla (308-315; 444-456; 914). Boa leitura.

Neuza Silveira de Souza.

Coordenadora do Secretariado Arquidiocesano Bíblico-catequético de Belo Horizonte.



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