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Catequese do Papa: “Acolher a presença de Maria em nossas vidas”

Nesta quarta-feira, 5 de fevereiro, milhares de fiéis acompanharam a catequese do Papa Francisco, na Sala Paulo VI. O Pontífice deu continuidade ao ciclo jubilar de reflexões sobre “Jesus Cristo, nossa esperança”, no mistério da Visitação.

“Hoje contemplamos a beleza de Jesus Cristo, nossa esperança, no mistério da Visitação. A Virgem Maria visita Santa Isabel; mas é sobretudo Jesus, no ventre materno, que visita o seu povo, como diz Zacarias no seu hino de louvor”, sublinhou.

Ir ao encontro dos outros

De acordo com o Papa Francisco, “depois do estupor e da admiração pelo que o Anjo lhe anunciara, Maria levanta-se e põe-se a caminho, como todos os chamados na Bíblia, porque o único ato com que o homem pode corresponder ao Deus que se revela é aquele da disponibilidade ilimitada. Esta jovem filha de Israel não escolhe proteger-se do mundo, não teme os perigos e os julgamentos das outras pessoas, mas vai ao encontro dos outros”.

O Santo Padre continuou sua meditação explicando que “sentindo o impulso do amor, Maria vai ao encontro de Isabel, sua parente, mas também uma idosa que acolhe, depois de uma longa espera, uma gravidez inesperada, difícil de enfrentar na sua idade. Mas a Virgem também vai ao encontro de Isabel para partilhar a sua fé no Deus do impossível e a sua esperança no cumprimento das suas promessas”.

Para o Pontífice, o encontro entre essas duas mulheres gera um impacto surpreendente: “A voz da cheia de graça que saúda Isabel provoca a profecia na criança que a idosa traz no seu ventre e suscita nela uma dupla bênção”: ‘Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre’. “E também uma bem-aventurança”: ‘Bem-aventurada és tu que creste, pois se hão de cumprir as coisas que da parte do Senhor te foram ditas!’

Futuro com esperança

“Perante o reconhecimento da identidade messiânica do seu Filho e da sua missão de mãe, Maria não fala de si mesma, mas de Deus e suscita um louvor cheio de fé, esperança e alegria, um cântico que ressoa todos os dias na Igreja durante a oração das Vésperas: o Magnificat”, sublinha o Santo Padre.

Segundo o Papa Francisco, “a presença maciça do motivo da Páscoa faz também do Magnificat um cântico de redenção, que tem como pano de fundo a memória da libertação de Israel do Egito. Os verbos estão todos no passado, imbuídos de uma memória de amor que ilumina o presente com a fé e ilumina o futuro com a esperança: Maria canta a graça do passado, mas é a mulher do presente que carrega o futuro no seu ventre”.

Ainda de acordo com o Santo Padre, “o Senhor, que se inclinou sobre a pequena Maria para nela realizar ‘grandes coisas’ e a fazer mãe do Senhor, começou a salvar o seu povo a partir do Êxodo, recordando a bênção universal prometida a Abraão”.

O Papa Francisco explicou também que “o Senhor, Deus fiel para sempre, fez correr um fluxo ininterrupto de amor misericordioso ‘de geração em geração’ sobre o povo fiel à aliança, e agora manifesta a plenitude da salvação no seu Filho, enviado para salvar os homens dos seus pecados. De Abraão a Jesus Cristo e à comunidade dos fiéis, a Páscoa surge assim como a categoria hermenêutica para compreender toda a libertação posterior, até à alcançada pelo Messias na plenitude dos tempos”.

Ao fim de sua catequese, o Pontífice pediu ao Senhor “a graça de podermos esperar o cumprimento de cada uma de suas promessas; e para que ele nos ajude a acolher a presença de Maria em nossas vidas”.

*Informações Vatican News

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